CORES, ESTAMPAS E TEXTURAS EM ALTA INFLUENCIAM NO CONSUMO ‘PHYGITAL’ DO VAREJO

Algumas tendências costumam pautar as escolhas dos consumidores durante a jornada de compra, como uma cor, estampa ou textura que está em alta em determinado momento. O phygital -- união do físico com o digital, modelo que vem mudando os hábitos de consumo nos últimos anos -- é diretamente afetado por essas características. Por mais sensoriais que elas sejam, podem influenciar as compras no ambiente digital tanto quanto no físico.
 

“Identificar oportunidades para alavancar as vendas é uma alternativa para se destacar em meio à concorrência. Por exemplo, enxergar que as cores são um poderoso recurso para aumentar as vendas e que podem interferir diretamente em diversos setores como marketing, negócios e também no varejo é essencial”, comenta Juliano Ricardo Regis, gerente comercial do Myrp Enterprise, sistema de gestão integrado voltado às grandes operações do varejo de moda.

 

De acordo com estudo divulgado pelo relatório O Amanhecer do Consumidor Phygital, da MindTree, 60% dos clientes preferem a combinação da compra online com a física, ou seja, mais da metade dos consumidores concordam que a integração do varejo faz sim com que as vendas sejam impulsionadas. Para o ramo varejista, algumas tendências, como a Cor do Ano da Pantone (Pantone Colour System), criado para estimular designers e artistas a analisar cada tom, podem motivar a jornada de compra. Elas podem, inclusive, ser responsáveis por aumentar a procura de produtos como roupas, acessórios, móveis e objetos de decoração que sejam da ‘cor da moda’.

 

Regis analisa que as tendências podem influenciar as escolhas de compra, seja pela internet, seja nas lojas físicas. “As cores e tonalidades de um produto, dentro da jornada de compra, estão diretamente ligadas ao pertencimento do cliente”. Ou seja, quando uma tendência forte, como a cor do ano Pantone (Viva Magenta 18-1750), é capaz de atingir diferentes nichos, é possível, sim, que esteja relacionada à busca pela melhor experiência do consumidor, já que ele passa a buscar pelas marcas que podem oferecer tal objeto de desejo.

 

“Se o consumidor vai à loja com um produto de desejo em mente, baseado em uma tendência que ele segue, é fácil ele se frustrar caso não o encontre do jeito que queria, nas cores que imaginou, por exemplo. É aí que o phygital entra integrando físico e online. O vendedor faz a busca pela cor escolhida na loja virtual, em outra loja física ou até mesmo diretamente na fábrica. Todo esse processo diminui a perda das vendas por parte do varejo”, afirma o executivo.

 

Por fim, Juliano conclui que a tendência phygital ganhou espaço no setor varejista pois além de facilitar o processo de compra e venda possibilita uma maior autonomia e praticidade ao consumidor para realizar as compras em diferentes ambientes, o que diminui a ruptura de vendas e promove uma experiência completa de consumo.

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